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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

OS TRÊS CRIVOS - Fp. 4:8, 9/ 2:14.

...Certa feita, um homem esbaforido achegou-se a Sócrates e sussurrou-lhe ao ouvido:

- Escuta, na condição de teu amigo, tenho alguma coisa muito grave para dizer-te, em particular...
- Espera!... ajuntou o sábio prudente. Já passaste o que me vais dizer pelos três crivos?
- Três crivos - perguntou o visitante espantado.
- Sim, meu caro amigo, três crivos.

Observemos se tua confidência passou por eles.

1º O Crivo da Verdade.

Guardas absoluta certeza, quanto aquilo que pretendes comunicar?
- Bem, ponderou o interlocutor, - assegurar mesmo, não posso... Mas ouvi dizer e... então...
- Exato. Decerto peineraste o assunto pelo segundo crivo.

2º O Crivo da Bondade.

Ainda que não seja real o que julga saber, será pelo menos bom o que me queres contar?
Hesitando, o homem replicou:
- Isso não... Muito pelo contrário...
- Ah! - tornou o sábio - então recorramos ao terceiro crivo.

3º O Crivo da Utilidade.

Notemos o proveito do que tanto te aflige.
- Útil?!... - adiziu o visitante ainda agitado - Útil não é...
- Bem - rematou o Filósofo num sorriso,

Se o que tens a confiar não é verdadeiro, nem bom e nem útil, esqueçamos o problema e não te preocupes com ele, já que nada valem casos sem edificação para nós...

Aí está meu irmão e amigo, a Lição de Sócrates, em questões de maledicências, contendas, fofocas e murmurações.

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